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Caneta ballpoint, Colagem, Grafite e Pastel s/papel; 20.5x14.5cm; 2012

 Esta será a minha primeira publicação neste novo espaço, este memso sketch e outros que surgirão irão ser na sua maioria publicados no site "Urban Sketchers Portugal". Devo indicar que  já ando nestas "lides" de Diários Graficos à muito tempo. Embora o prefira chamar de "caderno de bonekos, de idéias ou de experiências", mas sou um defensor convicto do mesmo, pois qualquer artista deverá estar em constante desenvolvimento, e a prática constante da observação e primor no traço, são ferramentas essenciais para a sua evolução artística, quer se movimente na área da pintura. desenho, escultura, instalação, ilustração etc. ou simplesmente pelo puro prazer de rabiscar, experimentar ou colocar ideías e pensamentos no papel. Os meus "rabiscos" são feitos em blocos de desenho onde personalizo suas capas e contra-capas com colagens e pintura, as técnicas que utilizo é uma fusão de colagem, pintura (acrílico, pastel ou aguarela), desenho (caneta, cabeta de aparo e muito raramente grafite), a temática é variada, mas gosto de desenhar pessoas, animais e lugares abandonados onde a flora aos poucas invade ruinas ou objectos inanimados. Qualquer sketch à vista que faça, tento atualmente que o seu resultado final seja por vezes um pouco mais elaborado, no sentido da composição e  conceito, ou seja, que tenha uma certa linguagem e leitura contemporânea, mas nem sempre sigo esta linha. Alguns destes "apontamentos" são enviados via correio postal, para outros artistas no mundo inteiro, isto devido ao meu envolvimento no movimento da Mail Art (Arte Postal). 

 Este trabalho é o primeiro de uma série de "bonekos" que tem como base o objecto bilhete/senha no mundo quotidiano de cada um de nós, tendo sido este feito na estação dos comboios de Vila Franca de Xira, por volta das 7.30h da manhá de ontem no dia 28 de Setembro de 2012, enquanto esperava tal como outros passageiros pelo "blindado monstro" de ferro. Nele usei um bilhete antigo que no dia anterior encontrei numa outra estação, perdido num recanto da plataforma de espera, o mesmo desenho após um rápido esboço para apanhar todos os elementos do mesmo, foi durante o dia sofrendo algumas alterações até chegar ao resultado aqui exposto. 

  E é isso, espero não ter abusado nos parágrafos, a próxima "postagem" será concerteza bem mais económica em palavras :)

 

!namaste!

O HÁBITO DE ESBOÇAR

 O esboço sendo um ato de libertação e criação, deverá ser uma ação sempre presente nos que nutriem uma certa afinidade pela artisticidade. O desenhar e esboçar, corresponde à força clássica basilar em qualquer projecto artístico, seja ele pintura, escultura, instalação etc. O diário gráfico, ou "caderno de bonecos " como lhe gosto de chamar, deveria sempre acompanhar o criador, independentemente de se tratar de um artista a tempo inteiro ou esporádico, pois nunca se sabe nem o momento nem a hora exacta em que a mente nos ilumina com criação e a idéia, ou quando visualizamos algo que nos desperta grande atenção.

BIOGRAFIA

  Helder Coelho Dias nasceu nas lezírias ribatejanas na localidade de Coruche, desde tenra idade demonstrou grande interesse e prazer no acto de desenhar. A banda-desenhada é uma de suas principais referências no desenvolvimento de sua aptidão artística, principalmente na técnica do desenho.

  No seu entusiasmo pela criação, qualquer superfície servia de suporte para dar uso à sua imaginação, como por exemplo a terra batida dos caminhos campestres de sua aldeia.

 O percurso inicial de sua prática artística, teve como característica evolutiva o desenho ao ar livre, tendo como principal temática Paisagens, mas também retratos de familiares e amigos.

 Seu interesse pelas artes prenuncia-se mais acentuadamente na adolescência, em que decide prosseguir sua formação na vertente artística, momento este que ocorre a sua primeira participação numa exposição colectiva, em que se destacam seus trabalhos de influência surrealista, que mais tarde é abandonada.

 Após a conclusão de sua formação escolar, poucos anos depois os estudos artísticos são retomados na reconhecida escola artística, a Sociedade Nacional de Belas Artes em Lisboa, no entanto a aprendizagem continua.

 Em todo o seu progresso artístico, uma característica comum encontra-se presente em seu percurso, a veneração pela Natureza e uma abordagem crítica ao homem e à sociedade envolvente.